terça-feira, 8 de maio de 2012

Breve descrição e motivos de interesse


Descrição do exterior

A planta de 3 naves foi copiada, como foram tantas em Portugal, da igreja gótica de Santa Maria dos Olivais (século XIII).




A igreja é formada por 3 corpos distintos. A torre sineira complete o conjunto.

O portal principal é um excelente exemplar do estilo gótico flamejante.  
Portal principal.

Portal principal (pormenor)
Este tipo de gótico tem o nome de flamejante porque as suas formas, onduladas e verticais, fazem lembrar o fogo. Do latim flama, ou seja, chama, fogo. 
A decoração do portal tem muitos pormenores relacionados com a Natureza e os campos na época do Verão, quando se festeja o S. João.

Portal principal, pormenor.



Na torre estão todos os símbolos de D. Manuel, mas a cruz de Cristo tem o braço inferior maior que o habitual. Foi Filipe I quem alterou este símbolo da Ordem de Cristo e do rei.



Na torre de S. João, a cruz de Cristo filipina  testemunha o periodo da União Ibérica.







Descrição do interior


Dentro da igreja temos muitos elementos que nos chamam a atenção.
As colunas de S. João têm uma particularidade, há uma que é diferente de todas as outras!

Esta coluna, a primeira a ser erguida, seria o modelo a seguir, mas não foi isso que aconteceu.

Apesar de danificado, especialmente a esfera armilar, o púlpito é a peça mais delicada da igreja.

Púlpito. Além da esfera armilar, destacam-se a cruz de Cristo e o escudo de Portugal, os símbolos reais de D. Manuel I.

A semelhança de temas e a forma como a pedra foi esculpida, lembra o trabalho do portal principal, sendo possivelmente obras do mesmo autor.

No púlpito voltamos a encontrar pássaros , caracóis e motivos vegetais, como já vimos  no portal.


Nas paredes podemos admirar duas telas, pintadas por Gregório Lopes,  contando a morte de São João Baptista.

Gregório Lopes foi pintor dos reis D. Manuel e D. João III. Viveu em Tomar alguns anos, enquanto pintou estes e outros quadros.


Na Degolação de S. João, vemos o carrasco com a espada na mão, enquanto põe a cabeça do santo na bandeja que o mensageiro levará a Salomé.
Passando de um quadro para o outro, o mesmo mensageiro que recebera a cabeça de S. João entrega-a agora a Salomé.

No interior da igreja, o brilho dourado da capela-mor chama a nossa atenção.
A madeira do retábulo, a “moldura” do altar, foi talhada (esculpida), com muitos pormenores e toda revestida a dourado. Daí vem o nome dado a este tipo de trabalho: talha dourada.





Pormenor do retábulo do altar-mor.
A talha dourada foi muito apreciada no século XVIII, quando dominava o estilo barroco.

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